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O sangue que verteu (24/01)


Hoje estou terminando uma série de mensagens sobre três coisas incríveis que o céu se admirou em ver, e a terra, mesmo abençoada por elas, não reconheceu seu real valor. Já falamos das lágrimas que surgiram dos olhos de Jesus perante a dor humana, já estudamos o suor que brotou da fronte de Jesus enquanto se colocava em nosso lugar para compreender nossa fragilidade e hoje meditaremos em Seu sangue que verteu para nos salvar. 

Na busca pela humanidade perdida, chorar e transpirar não seriam o suficiente, Jesus teria que sangrar. Só que precisava ser tanto?! A humanidade, para sobreviver, tinha que tirar o sangue do Salvador, é verdade; só que precisava ser com tanta crueldade?! Com nossa dor tiramos Suas lagrimas, com nossas lutas tiramos Seu Suor, mas foi com nossas mãos que tiramos Seu sangue!

Tudo começou em uma quinta feira à noite, quando em agonia no Getsêmani, Seu suor e lágrimas se transformaram em sangue e pequenas gotas caíram na terra, foram como as primeiras gotas de chuva anunciando a tempestade que se aproxima. Nessa mesma noite rudes mãos o prenderam, e como ovelha muda, nosso Senhor é levado perante seus tosquiadores. 

No Sinédrio, entre mentiras e blasfêmia, “puseram-se alguns a cuspir nEle, a cobrir-lhe o rosto, a dar-lhe murros...” (Mc.14:65). Com os golpes, Seu nariz foi quebrado e Seus lábios feridos, e de pequenas gotas de sangue no chão do Getsêmani, agora os muros encharcaram com sangue um manto que cobria o rosto de Jesus.

Só que o sangue não parou de escorrer. Dali Jesus foi levado pelos soldados para o pátio onde sua fronte foi perfurada por espinhos cruéis fazendo com que Seu sangue em maior volume escorresse por Seu corpo, depois de humilhado suas mãos foram acorrentadas ao troco e suas costas desnudas foram expostas ao carrasco, que com fúria lhe rasgava a carne com um chicote vil. Agora não são mais gotas ou tecido encharcado de sangue, não, agora o pátio está banhado com o sangue do salvador, grandes poças de sangue se formaram; grandes o suficientes para que seus executores vissem seus rostos refletidos nelas.    

Agora exausto e muito ferido Jesus toma nossa cruz e se dirige ao monte calvário, deixando atrás de Si um rasto de sangue. Lá no alto da colina, Seu corpo é jogado sobre o madeiro, Seus pés e mãos são perfurados por pregos, prendendo-O na cruz. Soldados rudes erguem a cruz e a jogam em uma cova já preparada, Seu corpo se projeta com o solavanco, Sua carne se rasga mediante Seu peso e um grito de dor ecoa pelo monte. 

Contemple a cena: Suas costas dilaceradas, Sua fronte perfurada, Sua face desfigurada, Suas mãos e pés perfurados e Sua carne rasgada, eram feridas suficientes para tirar de Seu corpo quase todo Seu sangue. Cristo nos deu algumas lágrimas e um pouco de Seu suor, mas do Seu sangue Ele deu tudo. As últimas gotas foram retiradas quando, já morto, Seu lado foi perfurado por uma lança, dando vazão para que o sangue acumulado pelo coração partido em Seu tórax tocasse a face de um soldado romano.

Aquele soldado romano não sabia, mas ele representava toda a humanidade, ele representava você e eu. Em seu rosto corria o DNA divino como que o purificando de seus pecados. Com as ultimas gotas derramadas do sangue de Jesus eu aprendi uma lição, para nossa salvação não seria suficiente o sangue verter ele teria que nos banhar, pois no final os vencedores serão aqueles que “...lavaram suas vestiduras a as alvejaram no sangue do Cordeiro.” (AP. 7:14). 

Querido amigo! Quero convidá-lo hoje a seguir o trilho de sangue deixado por Jesus que vai do jardim da comunhão até o monte do sacrifício. Contemple todos os dias seu rosto nas poças de sangue, entenda que o chicote estava em suas mãos, que os pregos eram os seus, toque o madeiro, sinta o sangue em suas mãos e ajoelhado no pó ensangüentado do calvário, peça o perdão. 

Pr. Marcelo Tomaz

Um comentário:

  1. Temas muito tocantes, comoventes e até transformadores de vidas... Oremos para que essas mensagens atinjam corações necessitados e carentes da Luz de Deus. Que as bençãos do Senhor recaiam sobre o senhor, Pastor Marcelo.

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