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“Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.”

Com a resposta de Jesus a pergunta de Pedro, somos colocados perante um dos maiores desafios para nossa humanidade, o desafio de perdoar. A necessidade do perdão implica na existência de uma traição, ou de uma ofensa, ou ainda de uma agressão. Coisas que nossa humanidade não consegue sofrer sem reagir de forma intensamente negativa. Essas agressões físicas, sociais, psicológicas e morais podem causar feridas profundas, com as quais não sabemos lidar.

Em geral reagimos de três formas diferentes perante as faltas dos outros contra nossa pessoa: Algumas pessoas após uma decepção reagem de forma passiva, se isolam, ficam amarguradas, ressentidas, perdem o sono e em geral, conseguem conviver com o agressor, mas sempre com um ressentimento oculto. Outros reagem de forma agressiva pagando com a mesma moeda: gritam, brigam, espumejam e deixam claro seu descontentamento; essas pessoas conseguem se livrar da dor interna, só que abrem um precipício social entre elas e o seu agressor, e esse distanciamento sempre traz dores e inconvenientes, principalmente para os familiares e amigos ao redor. E tem o terceiro grupo que age como se nada tivesse acontecido, são pessoas que conseguem disfarçar sua dor e que passiva e metodicamente esperam uma oportunidade de vingança. 

Você já passou por isso? Já teve uma dessas reações? Então você sabe como é difícil perdoar uma vez e quanto mais “setenta vezes sete”! Se Jesus sabe como nos sentimos, porque Ele nos pede algo tão difícil? Sabe por quê? Porque Ele nos ama!

O perdão não é algo que damos para beneficiar outros, o perdão é a oportunidade que nos damos para recomeçar, é o único meio de continuar nossas vidas sem carregar o peso de outra pessoa. O ato de não perdoar perpetua a dor da ofensa em nossa alma, nos faz escravo do ofensor, encurta nossa visão espiritual e por fim, pode nos tirar do céu. Por isso, perdoar é preciso; não importa quantas vezes for necessária, perdoe sempre! Sua vida depende disso.

Você pode estar pensando: Falar é fácil, o senhor não passou pelo que eu passei, o senhor não conhece a minha sogra, o senhor não tem ideia de como é difícil ver aquele homem na igreja com cara de santo e lembrar do que ele me fez. Eu sei que para você não é fácil, como não é para mim. Eu sei que muitos dos que estão lendo essa mensagem estão tentando esquecer e perdoar, mas não conseguem. Por isso, quero desafiá-lo a sair do papel de vitima e se colocar no papel de agressor. - Como assim?! O senhor esta me dizendo que agora eu é que sou o culpado?! Sim! Não nessas palavras. Mas, sim, você também é um agressor! Ou você nunca ofendeu alguém? Você pode afirmar que nunca decepcionou alguém que confiava em você? Quantas pessoas você já entristeceu e quantas ainda vai entristecer? E o que falar de Deus! Quantas lágrimas Ele já verteu por seus pecados, por sua indiferença, por sua ingratidão?

Querido amigo, se você parar de olhar para a pessoa que lhe ofendeu, perguntando por que ela fez aquilo! Se você parar de ficar sentindo pena de você mesmo, lamentando sua dor e perda. Você poderá olhar para Jesus, que mesmo traído, humilhado e ferido, orava assim: “Pai perdoa-lhes por que não sabem o que fazem” (Lc.23:34). 

Se alguém lhe ofender nesse dia, antes de se revoltar, gritar ou se vingar, pense em Jesus na cruz do calvário. Contemple seu olhar de misericórdia voltado para você, olhe suas mãos perfuradas pelos seus pecados e contemple o sangue a pingar; cada gota representa um pecado perdoado, uma ofensa esquecida e uma dor afligida. Jesus está ali por você! Para lhe dar uma segunda chance.  Você não quer retribuir essa graça? Sentir essa paz! É só perdoar.
Pr. Marcelo Tomaz

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