“Então, parou Jesus e mandou que lho trouxessem. E, tendo ele chegado, perguntou-lhe: Que queres que eu te faça? Respondeu ele: Senhor, que eu torne a ver.” (Lc. 18:40-41)
Se você leu a mensagem de ontem, perceberá que estou hoje dando seqüência na história do cego de Jericó. Ontem falamos sobre a multidão e hoje falaremos do cego, um homem que tinha falta de tudo, mas que só queria ver. E já o convido, para amanhã juntos estudarmos sobre Jesus, o único que pode nos dar tudo o que precisamos.
Que homem teimoso era aquele cego, mesmo com a multidão o repreendendo e com as dificuldades naturais de um cego ele não desistiu de seu objetivo, continuou gritando, cada vez mais alto: Filho de Davi, tem misericórdia de mim!”
Se falo para alguém hoje que já foi vitima da multidão, alguém que já foi impedido de ir até Jesus. Talvez alguém que dando ouvido às criticas tenha silenciado sua voz, que olhou para a multidão e teve vergonha de sua situação. Ou quem sabe, falo para alguém que se sentiu excluído pelos demais, que se sente esquecido como a poeira que fica para traz. Ninguém liga para você. Todos sabem o que você fez, só que ninguém quis saber o porquê você fez aquilo. É muito difícil, mesmo em meio à igreja se sentir a beira do caminho, não é? Se você se sente assim, quero que você se inspire no cego de Jericó. Esqueça a multidão e clame por Jesus, grite bem alto: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!” Não desista de você mesmo, Jesus esta passando, Ele nunca deixou ninguém para traz, você precisa tão somente continuar clamando e Ele lhe atenderá.
Eu fico pensando nesse homem, além de teimoso (graças a Deus), ele aparentemente não era muito inteligente. Pense bem: Se você estivesse na presença de alguém que é todo poderoso, alguém que poderia dar-lhe tudo o que quisesse, e essa pessoa te perguntasse: “Que queres que eu te faça?” O que você responderia?
Aquele homem não tinha nada! Sua situação social era miserável, talvez tivesse problemas na família e sem falar em sua condição financeira que era critica. Ele podia pedir qualquer coisa: Um salário vitalício do governo que o tiraria da miséria, ou quem sabe uma casa grande com empregados para o servirem que melhoraria em muito, sua situação social, poderia até pedir a conversão de sua esposa, dando fim a seu sofrimento familiar, ou ainda a benção de ter filhos ricos para cuidar dele e assim ele nunca mais teria que trabalhar. Mas ele só queria voltar a ver.
Quando se perde algo tão especial como a visão, todas as riquezas do mundo, todas as vantagens sociais e todas as delícias familiares, perdem o sentido. Ele queria algo que para você e para mim pode ser simples, mas que para ele era tudo. Poder ver.
A cegueira é um símbolo perfeito do pecado, a pessoa em pecado perde a noção, não sabe para onde está indo, não consegue discernir entre a luz e as trevas. Pode estar à beira de um precipício e não se dá conta do perigo. A cegueira espiritual não nos permite ver as necessidades dos que nos cercam e por isso quase sempre acabamos machucando aqueles que nos rodeiam. E o pior é que o cego espiritual na maioria das vezes não reconhece sua real situação.
Querido amigo, nossa maior necessidade hoje não é de um trabalho melhor, ou de paz em nossos lares, e muito menos de um salário maior. Nossa maior necessidade, hoje e sempre, é ter uma boa visão espiritual, saber discernir entre o bem e o mal. Por isso, querido irmão, tome hoje a palavra de Deus em suas mãos como “lâmpada para os teus pés, e luz para os teus caminhos” (Sl.119:105) e ore como Davi orou: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.” (Sl. 139:23-24) Diga “Senhor que eu possa ver.”
Pr. Marcelo Tomaz
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