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O que nos faz sentir seguros?

“Uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós porém, nos gloriamos em o nome do Senhor, nosso Deus.” Sl. 20:7

Nossa humanidade confia no que pode ver, no que pode mensurar, avaliar. Quando temos algo maior, melhor ou mais moderno do que os outros, nos sentimos melhores. Quando são mais os que estão conosco dos que os que estão contra nós nos sentimos seguros. Quando temos um saldo positivo no banco nos sentimos amparados. Quando sabemos as respostas nos sentimos confiantes. Quando dominamos a técnica nos sentimos donos da situação. Isso tudo nos agrada, é muito bom pisar em solo firme, estar no domínio da situação.

E isso não é algo errado. O salmista não está falando que Israel não usava esses meios para se defender. Com certeza Davi tinham carros e cavalos, só que ele não confiava neles e sim no Senhor nosso Deus. Como homens usaremos nossas armas: Sabedoria, recursos, influencia, talentos, tecnologia, força e amizade. Só que não podemos confiar nessas coisas; nossa confiança deve estar unicamente em Jesus.  

Esse mesmo princípio se aplica a nossa vida na fé. Quando se fala de salvação, não podemos confiar em outra coisa a não ser na graça de Jesus nosso Salvador. Porém, nossa velha humanidade tende a se desviar para as coisas visíveis e mensuráveis. Nos sentimos seguros, salvos, ao nos comparar com outros e avaliarmos nossa fidelidade com a deles.

Hoje há muitos que estão apoiados nos carros e os cavalos espirituais, pontos de nossas doutrinas que são importantes e necessários para uma vida cristã saudável, só que não são o nosso ponto de apoio, não podem ser nossa segurança. Nossa confiança deve estar no autor da vida e não em nossa capacidade ou fidelidade.

Parafraseando o salmo 20:7 podemos dizer assim: “Uns confiam nos dízimos, outros, em sua boa alimentação, e outros na habilidade de ganhar pessoas para a igreja e outros ainda em sua restrita obediência aos mandamentos; nós porém, nos gloriaremos em o nome do Senhor, nosso Deus.”

Quando nos alegramos em sermos fiéis e nos sentimos confortáveis por estarmos acima da média, já corremos o risco de cairmos da graça. Todo muro que erguemos e que confiamos para nos proteger do pecado, por maior e mais largo que seja, cedo ou tarde ruirá e ficaremos desamparados perante as forças inimigas. Porém, por mais frágeis e débeis que sejam nossos muros, se estivermos confiantes apenas na graça de Jesus eles permanecerão em pé e nós nunca seremos desamparados perante o inimigo.                 

Querido amigo, nossa vitória não depende da quantidade de nossos carros e nem da força de nossos cavalos, mas sim da nossa confiança no Senhor nosso Deus e na graça de Seu filho Jesus. Quando você tropeçar nos dízimos, ainda assim você terá a Graça. Quando o regime alimentar for insuficiente para afastar de ti a angustia de alma, ainda você terá a Graça. Quando seu ideal de fidelidade matrimonial for quebrado, ainda você desfrutará da Graça. Quando você perceber que santificar o sábado é muito mais do que não trabalhar nele e você se depara com sua infidelidade, mesmo assim você poderá contar com a Graça.

Eu não estou defendendo uma vida desregrada e muito menos infiel (Deus julgará nossas intenções). O que eu estou falando é que quando tudo falhar a graça permanecerá! A graça de Jesus é o que nos move. A graça de Jesus é o que nos sustenta e é ela que nos fará permanecer na fé até o dia da glorificação. Amém!

Que nesse dia você possa confiar no Senhor na suas lutas físicas; e manter-se na graça em suas lutas espirituais. Louvado seja o Senhor Jesus!

Pr. Marcelo Tomaz

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