“Mas, para vós outros, que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas; saireis e saltareis como bezerros soltos da estrebaria.” (Mal. 4:2)
Depois de relatar a destruição dos ímpios pela gloriosa aparição de Jesus, Malaquias descreve o reencontro dos redimidos com o Éden restaurado e ele o faz usando uma figura tipicamente rural, “como bezerros soltos da estrebaria”, é assim que Malaquias descreve a saída dos redimidos da Nova Jerusalém para habitar na terra restaurada.
Tente imaginar um bezerro que desde que nasceu esteve preso, podendo só com os olhos contemplar os campos e apenas com o olfato imaginar o gosto de grama verde fresca. Imagine sua mente curiosa tentando de longe decifrar os mistérios do campo, você pode sentir sua angustia, por estar tão perto e ao mesmo tempo tão longe? O curral ficando cada dia menor, suas pernas já ensaiando alguns pulos que são interrompidos pelas cordas que o prendem. Chega um tempo em que seus olhos não mais se desviam de seu objetivo, ele só pensa em uma coisa; sair da estrebaria para correr pelos campos.
Quando chega o dia e a porteira é aberta, entre saltos e coices, o bezerro sai da estrebaria e o campo que era seu objeto de desejo, agora é a sua realidade e ele como que querendo recuperar o tempo perdido, sai correndo e saltando de um lado para outro investigando tudo a sua frente, experimentando os gostos e aromas da natureza que o cerca. È uma cena divertida e emocionante de se ver!
Querido amigo, assim como aquele bezerro, nós estamos presos neste mundo de pecado onde só podemos de longe contemplar a eternidade, só pela fé saborear os deleites do céu, e temos que conviver com perguntas sem respostas. Não é angustiante sabermos pelos sinais que estamos tão perto e ao mesmo tempo tão longe do céu? A cada dia que passa me identifico mais com esse bezerro, a cada dia que passa esse mundo fica menor, já não há espaço nele para mim, você já não se sente assim: Como que impedido de dar saltos maiores por estar amarrado a esse mundo pecador? Amigo, chegou o tempo de fixarmos nossos olhos no campo além, não há mais nada neste mundo que nos interesse, nosso único objetivo deve ser o de sair da estrebaria desse mundo para corrermos livres pela eternidade.
Hoje o livro de Malaquias nos fez lembrar de que algo melhor, bem melhor nos aguarda fora desse mundo, e que um dia poderemos percorrer esse novo mundo “como bezerros soltos da estrebaria”, de um lado para outro investigaremos tudo a nossa frente e experimentaremos com liberdade e paz os prazeres da natureza restaurada. Com certeza, será divertido e emocionante, ver homens e mulheres como crianças rolando pelos campos e se encantando com as cores e aromas de uma natureza ainda não vista, podendo abraçar os grandes animais e em profundos mergulhos conhecer os mistérios dos mares. Quem sabe, ver famílias inteiras paradas e ofegantes como que encantadas perante um magnífico e inesquecível por do sol, o primeiro de muitos que teremos durante a eternidade.
Você gostaria de estar lá? Sim! Então viva cada dia como se fosse o último, pois quando menos você esperar, a porteira se abrirá e você sairá “como bezerros soltos da estrebaria”
Pr. Marcelo Tomaz
Muito boa a explicação pastor que Deus o abençoe grandemente.
ResponderExcluirPela unção e graças, você fez uma paginação com interpretação muito boa. .com bastante essência do espírito santo, parabéns.
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